Dia 6 de maio é comemorado no Brasil
o Dia Nacional da Matemática. O objetivo dessa comemoração
é divulgar a Matemática como área de conhecimento, sua
história e suas aplicações no mundo, bem como sua ligação
com outras áreas de conhecimento, buscando derrubar aquele velho mito
de que aprender Matemática é difícil e apenas privilégio
de poucos.
O
dia foi criado pela Sociedade Brasileira de Educação Matemática
— a SBEM —, e a escolha dessa data é uma homenagem ao nascimento
de Malba Tahan, pseudônimo de Júlio César de Mello e Souza.
Tahan é autor de uma extensa obra, incluindo o livro O Homem que
Calculava.
Professor de Matemática e escritor muito criativo, ele adorava
elaborar
enigmas em sala de aula para iniciar suas explicações.
O primeiro nome falso que ele adotou foi R. S. Slade para fingir que
era um
escritor de outro país e conseguir publicar uma história num jornal
cujo editor já havia rejeitado seus contos quando ele os assinou com
seu verdadeiro nome. Como a artimanha funcionou, ele decidiu usar
sempre um
nome estrangeiro. Mais tarde, escolheu Malba Tahan, pois adorava
escrever histórias
árabes.
Ele nasceu no Rio de Janeiro em 1895 e morreu aos 79 anos, em 1974, no
Recife.
Foi um professor ousado para a época e gostava de ir muito além
do ensino teórico e expositivo, do qual, aliás, foi um feroz crítico.
“O professor de Matemática em geral é um sádico.
Ele sente prazer em complicar tudo”, dizia. Também não dava
notas “zero” nem reprovava seus alunos. “Por que dar zero
se há tantos outros números?”.
Já suas histórias eram sobre aventuras misteriosas, com beduínos,
xeiques, vizires, magos, princesas e sultões. Em O Homem que
Calculava,
ele conta as aventuras de Beremis, um árabe que gostava de resolver os
problemas da vida com soluções matemáticas. Os números
e as propriedades numéricas eram, para ele, como seres vivos. Ele
dizia
que existem números alegres e bem-humorados, frações tristes,
multiplicações carrancudas e tabuadas sonolentas.
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