O Plano Nacional de Educação para 2011-2021, que o governo está
terminando de desenhar, trará ao menos uma proposta que promete
incomodar Estados e municípios e criar uma briga no Congresso: o
reajuste real, previsto em lei, para o piso dos professores. Hoje em R$
1.024,67, o piso, aprovado em 2008, ainda é considerado baixo pela
União, mas quem paga a conta, prefeituras e governos estaduais, julga o
valor atual alto.
"O problema não é aumentar. Os professores precisam ganhar bem. A
questão é quem vai pagar a conta. As prefeituras estão no limite", diz o
presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski.
Aprovado em 2008 já com a previsão de um aumento anual com base na
inflação, o piso foi alvo de ações na Justiça por parte de governadores e
prefeitos que alegavam a impossibilidade de pagar R$ 950 (valores de
2009) para seus professores. A lei foi mantida e em 2010 o piso subiu
para os atuais R$ 1.024,67. Ainda assim, avalia o governo, é pouco. Um
professor, que hoje precisa ter curso superior, não pode ganhar menos do
que trabalhadores sem qualificação, como ocorre hoje. A intenção é
chegar, aos poucos, a R$ 3 mil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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