Do CorreioWeb
Em
tempos de cortes orçamentários e congelamento nas nomeações, muitos
candidatos esperam apreensivos a mudança de cenário para alcançar a tão
sonhada vaga no serviço público. E essa expectativa pode alimentar o
surgimento de boatos tão criativos quanto absurdos. Um dos mais bizarros
– e nada novo, pois circulou pela primeira vez em 2009 – lança uma nova
“carreira” no funcionalismo, onde a fé também é um importante
pré-requisito: pastor de igreja, com salários e “vantagens” atraentes.
Em
blogs religiosos circula a informação de que uma das maiores bancas
organizadoras de seleções públicas do país, o Cespe/UnB, estaria
organizando o primeiro concurso para pastor da Igreja Universal do Reino
de Deus. De acordo com a suposta matéria jornalística, a igreja procura
candidatos do sexo masculino, com “bacharelado em Administração
Eclesiástica”. A nota informa também que o salário pago para os novos
pastores seria de R$ 8.234,82, acrescido de benefícios.
Em
nota, a Igreja Universal informou que nunca promoveu e nem está
promovendo concurso para pastor. “A informação divulgada na internet é
totalmente falsa”, informou a assessoria de imprensa da igreja. Além
disso, segundo a advogada Cinthia Meibach, que trabalha na assessoria
jurídica da Igreja Universal, o pastor Ricardo Ibrahim e todos os demais
personagens citados na matéria que circula na internet são falsos. “Não
temos nenhum pastor com esse nome”, informou.
O
Cespe/UnB também negou a informação e desconhece a origem da notícia.
“Na verdade trata-se de uma notícia antiga, mas que volta e meia aparece
com força na internet”, informou a assessoria de comunicação do órgão.
Os profissionais do Cespe/UnB explicam que, na maioria dos casos, a
banca é contratada para organizar seleções públicas. “Uma vez elaboramos
uma avaliação para professores de uma escola da rede pública, mas nunca
houve organização de concurso para pastores”, informou a banca.
Desta
forma, não perca a motivação e nem dê ouvido a conselhos vãos: para ser
aprovado em concurso, é necessário ter disciplina, perseverança, e
acima de tudo identidade com a vaga a ser disputada. E, claro, muita fé
na própria capacidade, em consonância com suas crenças morais e
religiosas.
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