Nota: assunto de atualidades que pode estar presente nos próximos vestibulares e ENEM.
Área: Geografia e História
Os ataques terroristas do 11 de Setembro mudaram o
mundo em questão de horas. A primeira reação foi questionar: por quê? O
que levou 19 muçulmanos a sequestrar jatos comerciais com 40 mil litros
de combustível e transformá-los em bombas contra civis? A escassez de
explicações para o 11 de Setembro fez do cientista político Samuel Huntington o
profeta do momento. Ele passou os anos 90 defendendo que o mundo
pós-Guerra Fria seria marcado por conflitos entre identidades culturais,
entre as quais a islâmica era a mais encrenqueira (Nota do Blog: afirmação contestável esta). As democracias
ocidentais, pluralistas e liberais, seriam sua nêmesis. O choque de civilizações foi a primeira sequela do 11 de Setembro: um surto de islamofobia.
Tragédia consumada, o presidente George W. Bush
não tinha outra opção senão um revide proporcional ao golpe. Mas dessa
vez o adversário não era um Estado. Na falta de alvos convencionais, ele
declarou "guerra ao terror", anunciando sanções contra países que protegessem terroristas e prenunciando as primeiras ações no Afeganistão. Bush encontrou sua doutrina e, os EUA, o unilateralismo após o 11 de Setembro.
Dez anos depois, o esforço consumiu US$ 5
trilhões e contribuiu para o buraco nas contas públicas do país. Pior do
que o déficit econômico, porém, foi o desgaste moral. Para trancafiar
terroristas capturados, os EUA criaram um centro de detenção em Guantánamo, Cuba, até hoje um espinho na garganta da nação que era arauto dos direitos humanos.
A vida dos americanos também nunca mais foi a mesma depois do 11 de Setembro. A Lei Patriótica deu ao presidente o direito de prender sem acusação prévia suspeitos de terrorismo.
Pouco depois, Bush mandou grampear telefonemas e e-mails de cidadãos
sem permissão judicial. Viajar de avião virou uma via-crúcis. A
segurança nos aeroportos foi reforçada e a inspeção de passageiros
aumentou as filas, os atrasos e o desconforto.
Estadão
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