Na próxima semana, professores de todo o país planejam uma paralisação
de três dias para cobrar de governos estaduais e prefeituras o pagamento
do piso nacional do magistério. A lei que instituiu uma remuneração
mínima para profissionais da rede pública foi aprovada em 2008, mas
ainda hoje causa polêmica. Estados e municípios alegam não ter recursos
para pagar o piso, especialmente agora que o Ministério da Educação
(MEC) anunciou o valor para 2012 – R$ 1.451 - , com um reajuste de 22%.
A categoria irá cruzar os braços entre os dias 13 e 16 de março (de
quarta a sexta-feira). Para o presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, o fato de alguns estados
ainda não cumprirem a lei reforça a necessidade de um “movimento forte”
por parte da categoria para reivindicar melhorias na remuneração.
“Eles [gestores públicos] entendem que a lei precisa ser cumprida a
partir do enfrentamento, da mobilização. Chega de brincar que estão
valorizando o professor”, reclama Leão. Nos estados e municípios em que a
Lei do Piso já é cumprida, o presidente da CNTE avalia que a
mobilização deverá ser menos intensa, com foco nas reivindicações
locais, inclusive a construção de planos de carreira. “Nosso intuito não
é a paralisação pela paralisação, mas onde houver necessidade”,
explicou. As atividades são organizadas pelos sindicatos locais e
incluirão manifestações nas sedes dos governos, passeatas e outros atos
públicos.
UOL
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