O Rio São Francisco já foi o paraíso das canoas de tolda, embarcações criadas no século XIX com influências indígenas e europeias. Aos poucos, elas foram se adaptando à região mais baixa do rio, no Nordeste, e até os anos 1950 ainda transportavam alimentos, combustível e diversos materiais, como tijolos. No entanto, com a abertura de rodovias e a menor vazão do rio, acabaram perdendo importância econômica e foram desaparecendo. A última sobrevivente que ainda navegava em regime comercial, chamada Luzitânia, foi comprada em péssimo estado pela Sociedade Canoa de Tolda, que a restaurou e conseguiu seu tombamento pelo Iphan, em 2010. O projeto venceu a última edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, também do Iphan, em 2011.
“As canoas e outras embarcações levavam várias riquezas do litoral para o interior e vice-versa, mas a memória desse período, com várias histórias, está se perdendo. Dizem que a Luzitânia foi construída na década de 1920. E canoeiros e moradores do povoado de Pão de Açúcar, em Alagoas, contam que nos anos 1930 ela foi usada até por Lampião, que ficou no Baixo São Francisco por um tempo”, diz Carlos Eduardo Ribeiro Júnior, projetista naval e presidente da Sociedade Canoa de Tolda.
Segundo ele, o restauro da Luzitânia não foi nada fácil. Levou cerca de dez anos, em grande parte por falta de recursos. Hoje, além de cuidar da conservação da canoa mais antiga do Baixo São Francisco, a Sociedade Canoa de Tolda realiza diversas atividades, como visitas guiadas e exibições de filmes utilizando a estrutura da embarcação. Outra iniciativa interessante é a Rota das Canoas, que organiza passeios com duração média de cinco dias desde o litoral até o sertão do Baixo São Francisco, com hospedagem na casa de moradores da região.
“As canoas e outras embarcações levavam várias riquezas do litoral para o interior e vice-versa, mas a memória desse período, com várias histórias, está se perdendo. Dizem que a Luzitânia foi construída na década de 1920. E canoeiros e moradores do povoado de Pão de Açúcar, em Alagoas, contam que nos anos 1930 ela foi usada até por Lampião, que ficou no Baixo São Francisco por um tempo”, diz Carlos Eduardo Ribeiro Júnior, projetista naval e presidente da Sociedade Canoa de Tolda.
Segundo ele, o restauro da Luzitânia não foi nada fácil. Levou cerca de dez anos, em grande parte por falta de recursos. Hoje, além de cuidar da conservação da canoa mais antiga do Baixo São Francisco, a Sociedade Canoa de Tolda realiza diversas atividades, como visitas guiadas e exibições de filmes utilizando a estrutura da embarcação. Outra iniciativa interessante é a Rota das Canoas, que organiza passeios com duração média de cinco dias desde o litoral até o sertão do Baixo São Francisco, com hospedagem na casa de moradores da região.
Revista de História
1 Comentários
Prezado Marcos Vinicius,
ResponderExcluirSó agora tomamos conhecimento de seu blog. E ficamos muito contentes com o artigo que você escreveu.
Estamos montando um projeto para levar a Luzitânia ao rio de cima, para percorrer a carreira que sergipanos e alagoanos fizeram,nos anos 40 e 50 com as canoas de tolda que subiram.
Neste projeto, pretendemos ir até Barreiras, parando em cidades e povoados que faziam parte da rota.
Ficaremos em contato.
Muito obrigado pela atenção.
Abraço e até breve,
Carlos Eduardo Ribeiro Jr.
Canoa de Tolda - Sociedade Socioambiental do Baixo São Francisco
R. Jackson Figueiredo, 09 - Mercado Municipal
49995-000 Brejo Grande SE
(79)33661246 e 99873356
(82)35521570 e 99224468