O Ministério da Educação publicou nesta sexta-feira (8), no "Diário
Oficial de União", uma portaria anunciando a criação de 1.615 novas
vagas em cursos superiores de medicina de universidades federais.
Atualmente, as instituições federais oferecem 735 vagas em cursos de
medicina.
A ampliação faz parte dos planos do MEC em aumentar o número de vagas
em cursos de medicina até 2013, sendo sendo 1.615 vagas em universidades
públicas e 800 em faculdades particulares. As vagas são para
universidades em regiões que o ministério entende precisar de médicos,
principalmente no Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
O anúncio vem em meio a uma greve dos professores das universidades
federais que reclamam, entre outras coisas, da ampliação de vagas e do
número de alunos sem que as instituições ofereçam infraestrutura
adequadra e um número maior de docentes efetivos. O Conselho Federal de
Medicina também se pronunciou contrário à ampliação do número de vagas
nos cursos de medicina do país.
Na quarta-feira (6), o MEC anunciou a autorização para a criação de 800
vagas em nove cursos novos de medicina em faculdades particulares. Para
implantar as novas vagas até o final de 2013, o ministério prevê a
contratação de 1.618 professores por meio de concurso e o investimento
de R$ 399 milhões em infraestrutura.
Vagas na Bahia
BA | UNIVASF | Paulo Afonso | Paulo Afonso | 0 | 40 |
BA | UFRB | S. Antonio de Jesus | S. Antonio de Jesus | 0 | 60 |
BA | UFOBA | Barreiras | Barreiras | 0 | 80 |
BA | UFESBA | Itabuna | Itabuna | 0 | 80 |
Ampliação
As novas vagas representam uma ampliação de cerca de 15% do total de vagas oferecidas no país. O ministro Aloizio Mercadante informou na terça-feira (5) que a expansão seria em instituições "de excelência" e que comprovaram que, para cada novo aluno previsto, havia cinco leitos disponíveis na rede pública.
As novas vagas representam uma ampliação de cerca de 15% do total de vagas oferecidas no país. O ministro Aloizio Mercadante informou na terça-feira (5) que a expansão seria em instituições "de excelência" e que comprovaram que, para cada novo aluno previsto, havia cinco leitos disponíveis na rede pública.
"O Brasil não precisa apenas de mais médicos, mas de mais médicos com qualidade", afirmou Mercadante.
O ministro também destacou que a expansão prioriza regiões com carência
de profissionais e é feita de acordo com a infraestrutura das
instituições. “Há ainda este segundo problema: má distribuição de
médicos. A vaga no curso de medicina não significa necessariamente a
fixação dos médicos [na região]”, disse. Precisamos de políticas que
atraiam esses profissionais.”
De acordo com Mercadante, a ampliação das ofertas em cursos de medicina
foi pensada em conjunto com o Ministério da Saúde e pretende mudar a
relação de médicos por mil habitantes no país, calculada pela
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em
2009. Os dados apontam que a taxa do Brasil é de 1,8 médico por mil
habitantes, deixando o país atrás de países como Uruguai (3,7); Estados
Unidos (2,4); Reino Unido (2,7); França (3,5) e Cuba (6,4).
G1
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