Depois de reunião com representantes do governo na
sede do Ministério Público da Bahia na noite desta segunda-feira (4), os
professores da rede estadual devem manter a greve, segundo informações
de Claudemir Nonato, segundo secretário do Sindicato dos Trabalhadores
em Educação do Estado da Bahia (APLB). A nova proposta apresentada pelo governo
não foi bem recebida pelos representantes da categoria, que se reúne em
assembleia na manhã da terça-feira para discutir o caso.
"A assembleia deve manter a greve. O governo dá com
uma mão e tira com outra", reclama Claudemir. Segundo o professor, a
nova proposta apresentada pelo governo na reunião revoga o Projeto de
Lei 12.364, que assegura o cumprimento do piso salarial e trata de
reajustes reais nos salários dos professores - está previsto reajuste de
6% em 2013 e de 4% em 2014. "A proposta quer retirar esse percentual já
concedido. O governo quer retirar direitos já consolidados", diz o
segundo secretário. Na proposta apresentada, esses reajustes seriam
antecipados.
Outro ponto de reclamação para os professores é a
suspensão por dois anos das promoções de carreira - que cada professor
pode receber de 3 em 3 anos. "Além de não contemplar os aposentados, o
que a gente até podia entender, o governo deixaria as promoções
congeladas por 2 anos", explica Claudemir.
Além de representantes do sindicato e do MP, a
reunião contou com a presença do secretário de administração do estado,
Manoel Vitório. A proposta apresentada é de 7% de aumento em novembro e
outros 7% em abril de 2013. Além desses reajustes, o 6,5% já concedido
pelo governo seria mantido. Já para receber promoções, que não incluiam
aposentados nem licenciados, os professores teriam que fazer um curso à
distância, segundo a APLB.
Correio

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