A Universidade Federal da Bahia (Ufba) vai atender à reserva de 50%
das vagas para alunos egressos do ensino público em 2014. Ela se adequa
ao cumprimento da chamada Lei de Cotas antes do prazo legal que é de
quatro anos. A lei foi regulamentada pela presidente Dilma Rousseff no
último dia 11.
Hoje a Ufba e também a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) destinam 45% de suas vagas para cotistas. A Ufba oferece um total de 7.991 vagas e a UFRB 2.150.
Hoje a Ufba e também a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) destinam 45% de suas vagas para cotistas. A Ufba oferece um total de 7.991 vagas e a UFRB 2.150.
A UFRB não definiu prazo, mas adiantou que um projeto de resolução será
implementado em curto prazo. "Vamos nos adequar nos próximos meses.
Mas isto para nós não representará mudança muito grande, pois já temos
implantadas as cotas", disse a coordenadora de planejamento da
pró-reitoria de graduação da UFRB, Janete dos Santos.
Metade das vagas reservadas para os cotistas, que devem ser
provenientes de escolas públicas, será destinada a candidatos que tenham
renda familiar per capita inferior a 1,5 salário mínimo. Quem estudou
com bolsa em escola particular não tem direito à reserva de vagas.
Outra alteração é referente ao número de vagas destinadas a pretos,
pardos e indígenas. Até então a Ufba reservava 85% das vagas do sistema
de cotas para pardos e pretos. Os indígenas concorriam separadamente a
2%. Agora os que se declararem pertencentes a estas três grupos étnicos
concorrerão em um mesmo universo. O percentual das vagas reservadas
para este grupo é de 87%.
Outra mudança ocorre quanto à exigência de séries cursadas em escolas
públicas. Antes a Ufba exigia que pelo menos uma das séries do nível
fundamental fosse cursadas em escola pública. Isto não é mais
necessário, segundo a nova lei.
Permanência - O ministro da Educação Aloízio
Mercadante indicou que os alunos que ingressarem pelas cotas terão
auxílio pedagógico para permanecer nas instituições de ensino.
Mercadante pretende conversar com os reitores para definir como
funcionarão os cursos de apoio.
O pró-reitor de graduação da Ufba, Ricardo Miranda, diz que a
preocupação do ministro é mais direcionada a universidades que ainda não
possuem o sistema de cotas. "Claro que na Ufba será necessário ampliar a
assistência estudantil", completou.
A diretora de combate ao racismo do Diretório Central dos Estudantes
(DCE/Ufba), Danielle Ferreira, diz que os cotistas ainda são vítimas de
preconceito. "Eles continuam a ser vistos como menos capacitados",
acrescentou.
A Tarde
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