Livros digitais chegam à rede pública de ensino no próximo ano

Sobrecarregar a mochila e as costas com o peso dos livros escolares está prestes a ser coisa do passado. É o que sinaliza o Ministério da Educação, que inclui pela primeira vez no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) de 2015 livros digitais cujo acesso pode ser feito em computadores ou em tablets.

Em Salvador, escolas particulares que já adotam o sistema comemoram os resultados. De acordo com o MEC, a previsão inicial de aquisição para 2015 é de aproximadamente 80 milhões de exemplares para atender mais de 7 milhões de estudantes.A versão digital deve vir acompanhada do livro impresso, ter o mesmo teor e incluir conteúdos educacionais digitais como vídeos, animações, simuladores, imagens e jogos.

Ainda segundo o MEC, as obras impressas continuarão valendo, para viabilizar a participação das editoras que ainda não dominam as novas tecnologias.Interativos e repletos de recursos multimídia, os livros digitais trouxeram a alunos e professores do Colégio Líderes do Amanhã, em Mussurunga, novas possibilidades de aprendizado, conforme conta a diretora da instituição privada, Cláudia Soares.

“Ano passado, utilizamos somente nas disciplinas de geografia e história. A contrapartida que recebemos de alunos, pais e professores foi tão positiva que neste ano ampliamos para todas as disciplinas do ensino fundamental”, afirma Cláudia.

Evelin Fernanda, 8 anos, aluna do 3º ano, disse que ficou mais fácil e divertido aprender. “O livro em papel é muito chato. Os digitais são legais porque os personagens se mexem, cantam e contam histórias. Se deixar, fico o dia inteiro no computador, lendo os livros”, conta Evelin.

Mudança Gisélia França, 35, professora e coordenadora pedagógica do Líderes do Amanhã, disse que a participação dos alunos nas aulas foi a principal mudança. “Quando passamos as atividades nos livros digitais o aproveitamento deles melhora, eles ficam mais concentrados e dispostos. É inegável que essa nova geração nasceu para a tecnologia. Então, por que não unir com os estudos?”.

O Colégio Villa Lobos, na avenida Paralela, também utiliza o recurso tecnológico. Lá, segundo Bárbara Brasil, coordenadora pedagógica do ensino fundamental, o impacto dos tablets trouxe benefícios no processo ensino- -aprendizado.“Há uma maior motivação, empenho, envolvimento dos professores e compreensão de ideias, entre outros. Está comprovado que quando a criança possui um tablet e pode mexer, brincar, estudar e aprender com ele no colégio e em casa, temos uma produtividade melhor”, avalia.Aluno da escola pública receberá versão digital junto com livro convencional.


Fonte: jornal A TARDE

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