Diante da decisão judicial que considera ilegal a greve dos
professores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), o Governo do
Estado conclama os docentes ao retorno imediato das atividades.
A primeira decisão judicial sobre Ação Civil Pública impetrada pelo
Estado para a greve da Uneb foi proferida na tarde desta segunda-feira
(30). Em deferimento, o juiz Mário Soares Caymme Gomes considera a greve
da Universidade ilegal e determina que os docentes retornem em 48 horas
ao trabalho, sob pena de pagamento de multa diária de R$5 mil pela
Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), ré no processo. O Governo
aguarda decisão para os demais processos judiciais impetrados para as
greves nas outras universidades estaduais.
Pelo entendimento da justiça, a greve dos professores é “abusiva” e
vem sendo “exercida de maneira exageradamente ofensiva ao direito
transindividual à educação”. O juiz ainda declara em seu parecer que
“não pode ser tolerado que todos os docentes simplesmente ‘cruzem os
braços’ sem prestar serviço algum, pondo em risco o ano letivo”.
Aumento real e não congelamento dos salários
Com relação às reivindicações dos professores, a proposta apresentada
pelo Governo e construída conjuntamente com as entidades
representativas dos docentes, garantia ganhos reais ano a ano até 2014. O
percentual incluía a incorporação da gratificação por CET – Condições
Especiais de Trabalho (que representa um ganho real de salário em torno
de 4% ao ano) além do reajuste geral anual concedido aos servidores
públicos, no mês de janeiro, não representando, portanto, congelamento de salários. Diante da recusa de acordo, o governo considera a proposta superada.
Vale destacar ainda que os professores das universidades estaduais da
Bahia têm direito ao anuênio (aumento de 1% no salário a cada ano),
entre outros benefícios.
Com relação à suspensão do contingenciamento orçamentário que também
consta da pauta de reivindicações dos professores, o Governo havia
acordado com os reitores das universidades a garantia de realização de
concursos e a contratação de professores temporários, assim como a
progressão e promoção na carreira, além de mudança de regime de
trabalho. Com essas medidas, o Governo do Estado minimiza, nas
universidades estaduais o impacto do contingenciamento adotado em todas
as instituições públicas.
Importante salientar que, o investimento do Governo para a Educação
Superior na Bahia, nos últimos cinco anos, cresceu 87,6%. Em 2011, o
Governo está aportando R$ 725,6 milhões no orçamento das quatro
universidades estaduais.
AMPLIAÇÃO DE INVESTIMENTO
•Incremento de 87,6% no orçamento das quatro universidades estaduais,
ampliando de R$ 386,8 milhões, em 2006, para mais de R$ 725,6 milhões,
em 2011;
•Aumento em 14,7% nas matrículas de graduação e 25,4% nas de pós-graduação;
•Elevação em 31,4% do número de grupos de pesquisa, em relação a 2007;
•Criação de seis novos cursos de mestrado e três de doutorado.
VALORIZAÇÃO DOS PROFESSORES E SERVIDORES
- Aprovação da Lei nº 11.638/2010, que ampliou o quadro de professores em mais 851 vagas;
SEC
-Incorporação aos salários de 27,2% de Gratificação de Estímulo à Atividade Acadêmica, beneficiando 4.440 professores;
-Viabilização de 1.032 promoções para professores e mudança de regime, a pedido, para 732 professores;
- Foram realizados concursos em 2010, tendo ocorrido já 401
nomeações, com 73 vagas pendentes. Estão assegurados recursos para o
concurso de professores em 2011, com um total de 381 vagas.
1 Comentários
o governo é muito bom em números. Mas a realidade é outra. Como professora de matemática sei que manipular números é um truque barato para mascarar a realidade.
ResponderExcluir