A Secretaria da Educação da Bahia confirmou nesta quinta-feira (19) a
decisão de cortar o ponto dos professores da rede estadual, retroativo
ao dia 12 de abril, quando os docentes paralisaram as atividades em todo
o estado. Para tanto, o órgão já solicitou às Diretorias Regionais a
folha de frequência dos docentes. A medida, segundo a secretaria,
obedece à decisão da Justiça que, na
última sexta (13), decretou a ilegalidade do movimento, determinando a
volta imediata ao trabalho, sob pena de pagamento multa diária de R$ 50
mil.
Entretanto, a determinação judicial não vem sendo cumprida e as aulas
permanecem suspensas, atingindo cerca de um milhão de alunos em toda a
Bahia. Segundo o presidente do APLB (Sindicato dos Trabalhadores em
Educação do Estado da Bahia), Rui Oliveira, a greve continua porque “é
proibido cortar ponto de trabalhador em greve”. Rui explica que uma
súmula do STF (Supremo Tribunal Federal) proíbe o corte de salário do
trabalhador público em greve.
A também diretora da APLB Marilene Betros acrescenta que um
posicionamento do STF, ano passado, em favor de professores em greve no
estado de Goiás, abriu precedente para o resto do país.
Além disso, ela argumenta que a greve não pode ser considerada ilegal
com base apenas em uma liminar. “O que o governo conseguiu foi uma
liminar e nós já recorremos. É preciso aguardar o julgamento do mérito
pelo Pleno do Tribunal de Justiça, que deve acontecer na próxima
semana”, disse Betros. A sindicalista considera a decisão do governo
“precipitada e arbitrária”.
Na APLB, não há perspectivas para o fim do movimento. “Continuamos
acampados na Assembleia Legislativa. Vamos ampliar a divulgação dos
motivos que nos levaram à greve junto à comunidade nas feiras, mercados,
pontos de ônibus e outros locais populares para que pais e alunos
compreendam as nossas necessidades e nos apoiem”, completou.
Pelos cálculos do sindicato, 70% dos 45 mil professores estaduais
baianos estão com os braços cruzados, enquanto a Secretaria de Educação
diz que 40% das escolas localizadas no interior baiano estão funcionando
normalmente.
Entre os itens reivindicados, os professores querem que o governo
cumpra um acordo assinado em novembro de 2011, que prevê reajustes
salariais de acordo com o piso nacional.
Em janeiro, o Ministério da Educação definiu um reajuste de 22,2% no
piso. O governo do estado estabeleceu, porém, que o reajuste seria
repassado até abril de 2013. A categoria quer que o pagamento seja
imediato.
Pela manhã, os professores voltaram a se reunir em assembleia e decidiram manter a paralisação.
1 Comentários
toooo odiando entendo o lado deles mais nois alunos estamos sensdo prejudicadose nao aceitamos tbm estudar aos sabados pou ate janeiros .... os professores terao que se virar para terminar as aulas na data normal no inicio de dezembro e sem aulas aos sabados
ResponderExcluiressa e a minha opiniao obrigada